quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Qual a diferença entre infecção e intoxicação alimentar?

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Infecções transmitidas por alimentos são doenças que resultam na ingestão de alimentos contaminados com micro-organismos patogênicos.

Exemplos de infecções transmitidas por alimentos: salmonelose (causada pela bactéria Salmonella enteritidis); hepatite viral tipo A (causada pelo vírus da Hepatite A); toxoplasmose (causada pelo protozoário Toxoplasma gondii).

Diferentemente, as intoxicações alimentares ocorrem quando o indivíduo ingere alimentos que já possuem substâncias tóxicas produzidas por micro-organismos, como bactérias e fungos.

Exemplos de doenças causadas por intoxicações alimentares: botulismo (causada pela toxina produzida pela bactéria Clostridium botulinum); intoxicação estafilocócica (causada pela toxina produzida pela bactéria Staphylococcus aureus); aflatoxicose (causada pela toxina produzida por certas cepas dos fungos Aspergillus flavus e A. parasiticus).

As intoxicações alimentares também podem ocorrer pela presença de outras substâncias químicas nos alimentos, como metais e poluentes ambientais, substâncias usadas no tratamento de animais, pesticidas usados inadequadamente e produtos químicos utilizados em limpezas.

Existe também outra classe de doença transmitida por alimentos, denominada toxinfecção causada por alimentos. São doenças causadas pela ingestão de alimentos contendo micro-organismos patogênicos e que ainda liberam substâncias tóxicas no organismo.

Exemplo de toxinfecção alimentar: cólera (doença causada pela enterotoxina produzida pela bactéria Vibrio cholerae).

Os sintomas dessas doenças podem variar de acordo com o micro-organismo ou toxina presente no alimento e com a quantidade ingerida. De um modo geral, os sintomas mais comuns são vômitos e diarreias, com a presença ou não de dores abdominais, dor de cabeça, febre ou outros sintomas.

Autora: Rita de Cássia Borges de Castro

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Dieta melhora sobrevida de pacientes que tiveram câncer de mama

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Pesquisadores norte-americanos publicaram na revista Cancer Epidemiology, Biomarkers & Prevention um estudo mostrando que uma dieta classificada de boa qualidade está associada com menores níveis de inflamação crônica em pacientes que sobreviveram ao câncer de mama.

Existem evidências de que hábitos de vida saudáveis, incluindo a qualidade da dieta, podem estar associados com melhor sobrevida em pacientes que tiveram câncer de mama.

Estudos científicos têm destacado a importância do valor prognóstico da inflamação e da resposta imune em mulheres em estágio inicial do câncer de mama. Entre as sobreviventes do câncer de mama, maiores concentrações de proteína C-reativa (PCR) e amilóide A sérica (SAA), que são marcadores de inflamação crônica, têm sido associados com pior sobrevida.

Estes biomarcadores relacionados à sobrevida são importantes para estudar a relação entre as escolhas dos padrões alimentares após o diagnóstico do câncer de mama e a inflamação crônica, pois alguns componentes da dieta possuem propriedades pró ou anti-inflamatórias.

Assim, o objetivo dos pesquisadores foi de investigar como a qualidade da dieta está relacionada com biomarcadores da inflamação em mulheres sobreviventes ao câncer de mama e determinar se a atividade física pode modificar as associações observadas.

Participaram do estudo 746 mulheres com diagnóstico de câncer de mama em todos os estágios. As mulheres deveriam ter pelo menos seis meses de diagnóstico da doença e foram acompanhas durante trinta meses.

Os biomarcadores de inflamação analisados foram as concentrações séricas de proteina C-reativa (PCR) e proteina amiloide A sérica (SAA), além de hormônios produzidos pelo tecido adiposo, como a leptina e adiponectina.

Para avaliar o consumo alimentar durante os trinta meses, foi utilizado um questionário de frequência alimentar (QFA), desenvolvido e validado pelo Women's Health Initiative, conhecido como questionário WHI-FFQ, adaptado pelo Health Habits and Lifestyle Questionnaire. Este questionário é capaz de detectar os alimentos relevantes para grupos populacionais multiétnico e geograficamente diversificado, produzindo com confiança as estimativas que correspondem ao consumo alimentar dos indivíduos.

A qualidade da dieta foi medida através do Healthy Eating Index-2005 (Índice de alimentação saudável - HEI-2005), que utiliza uma abordagem com 12 componentes alimentares considerados importantes para a qualidade alimentar (como suco de frutas, frutas, vegetais em geral, vegetais verde-escuros e amarelados e legumes, grãos totais, grãos integrais, leite, carne e feijão, óleos, gordura saturada, sódio e por fim calorias de gorduras sólidas, bebidas alcoólicas e açúcares adicionados).

A classificação dos pontos foi feita em quartis (Q1 a Q4), em que quanto menor (Q1) a pontuação pior a qualidade da dieta e quanto maior (Q4), melhor a qualidade.

As mulheres que apresentaram melhor qualidade alimentar, quando comparadas com aquelas com pior qualidade (Q4 versus Q1), apresentaram concentrações significativamente mais baixas de PCR (1,6 mg/L versus 2,5 mg/L, p=0,004). No entanto, não houve diferença significativa nas concentrações de SAA, leptina e adiponectina.

Quando os pesquisadores avaliaram individualmente cada componente alimentar, os escores mais altos no consumo de vegetais verdes-escuros e amarelados e legumes foram significativamente associados com menores concentrações de PCR. A dieta de melhor qualidade foi associada com menores concentrações de PCR mesmo entre as mulheres que não realizam atividade física. Os pesquisadores relataram que não foram encontradas evidências entre menor índice de massa corporal e menor concentração de PCR.

“Nosso estudo preenche uma lacuna importante na literatura, definindo a inflamação como um mecanismo potencial pelo qual a qualidade da dieta pode afetar a sobrevida, independentemente da idade, raça, consumo calórico, IMC e atividade física. Isso sugere que entre mulheres que sobreviveram ao câncer de mama, consumindo uma dieta de melhor qualidade, podem obter menores níveis de inflamação crônica e este fator está está associado ao aumento da sobrevida”, comentam os pesquisadores.

“Estudos de coorte maiores com as sobreviventes ao câncer de mama, por meio de acompanhamento a longo prazo são necessários para confirmar nossos resultados. Dessa forma, será possível investigar como a diminuição da inflamação está relacionada com a qualidade da dieta e com melhora da sobrevida, além da melhor compreensão com relação a heterogeneidade dos resultados entre as populações”, concluem.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Ômega-3 mostrou ter atividade antineoplásica

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Este estudo demonstrou que a administração de 2g de ácidos graxos poliinsaturados ômega-3 (w-3 PUFA) por dia, durante seis meses, apresentou atividade antineoplásica em pacientes com polipose adenomatosa familiar (PAF).

A PAF é ocasionada por mutações no gene adenomatous polyposis coli e é uma predisposição para o câncer colorretal. A remoção do cólon é recomendada para estes pacientes, para a prevenção do câncer.

Foram recrutados indivíduos com PAF, anteriormente submetidos à colectomia com anastomose íleo-retal. Os critérios de exclusão do estudo consistiam em colectomia realizada nos 12 meses antecedentes ao estudo, alergia a peixe, presença de desordem hemorrágica, tratamento com anticoagulantes orais, tratamento com estatinas ou presença de hiperlipidemia que exigisse tratamento medicamentoso, consumo de óleo de peixe ou suplementos de w-3 PUFA anteriores ao estudo e anormalidades significativas nos parâmetros hematológicos e bioquímicos.

Os pacientes recrutados apresentavam três ou mais pólipos medindo ≥ 2mm de diâmetro, vistos através de retossigmoidoscopia flexível prévia. O uso de drogas antiinflamatórias não esteroidais foi proibido durante o período do estudo e somente o uso de baixas doses de aspirina foi permitido.

Os 55 participantes foram aleatoriamente divididos em dois grupos: 28 no grupo estudo e 27 no grupo controle. O primeiro foi orientado a consumir 4 cápsulas de 500mg de ácido eicosapentaenóico (EPA) por dia, duas vezes ao dia (junto às principais refeições), durante 6 meses. O grupo controle recebeu as mesmas orientações e cápsulas idênticas às de EPA, mas sem nenhum princípio ativo.

Os participantes foram submetidos a uma série de exames e amostras da mucosa retal foram retiradas para biópsia antes e após o período do estudo, para comparação dos dados.

Os dois grupos apresentaram características de saúde e comprimento retal restante semelhante (20,6 ± 4,0 cm no grupo controle e 20,4 ± 5,7 cm no grupo estudo). A maioria dos indivíduos era caucasiano, dois eram negros (um de cada grupo) e dois eram asiáticos (ambos do grupo controle). Apenas dois participantes, ambos do grupo controle, consumiram baixas doses (75mg/dia) de aspirina.

O tempo de colectomia variou consideravelmente entre os participantes (média de 15,4 ± 9,3 anos no grupo controle e 15,9 ± 9,6 anos no grupo estudo), assim como a idade dos participantes (idade média de 42,5 ± 13,8 anos no grupo controle e 39,5 ± 11,4 anos no grupo de estudo).

Todos os indivíduos apresentaram um número semelhante de pólipos intestinais antes do início do estudo, entretanto, após os 6 meses de intervenção com w-3 PUFA, os pólipos diminuíram 12,4% no grupo de estudo (média inicial de 4,13 ± 2,47 para 3,61 ± 2,31) e aumentaram 9,7% no grupo controle (média inicial de 4,5 ± 2,63 para 5,05 ± 3,30). A diferença do número de pólipos entre os grupos foi significativa (p < 0,005), permanecendo assim mesmo após a inclusão de outras variáveis, como idade e gênero.

O tratamento com w-3 PUFA também foi associado com diminuição no tamanho dos pólipos, tanto que a soma do diâmetro dos pólipos diminuiu 12,6% no grupo de estudo e aumentou 17,2% no grupo tratado com placebo (p=0,027).

Não houve episódios de sangramento em nenhum indivíduo nem mudanças notáveis nos parâmetros bioquímicos e hematológicos. Os efeitos adversos mais relatados pelos pacientes dos dois grupos foram as desordens gastrointestinais (diarreia, dores abdominais, distensão abdominal, náuseas, entre outros).

“Estudos anteriores já demonstraram que algumas drogas (como as drogas antiinflamatórias não esteroidais e inibidores seletivos da ciclooxigenase 2) são efetivas para a quimioproteção em PAF. Entretanto, existe uma preocupação quanto ao seu uso a longo prazo em pacientes com riscos cardiovasculares. Por outro lado, o tratamento com ácido eicosapentaenóico pode combinar a ação quimiopreventiva para o câncer colorretal com benefícios à saúde cardiovascular, o que é atrativo como estratégia terapêutica preventiva para populações de meia idade e idosos”, dizem os autores.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Lula assina decreto que garante direito à alimentação adequada

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Hoje 25/08/2010, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assina nesta quarta-feira o decreto que institui a Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional. A cerimônia ocorre durante a reunião plenária do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), que começa às 17h30 no Palácio Itamaraty.

O documento define a forma de gestão, o financiamento, a avaliação e o controle social e busca para assegurar o direito à alimentação adequada e saudável em todo o País, conforme prevê a Constituição Federal e a Lei Orgânica de Segurança Alimentar e Nutricional (Losan).

Participam da solenidade a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Márcia Lopes, e o presidente do Consea, Renato Maluf, entre outras autoridades.


Agência Brasil

domingo, 1 de agosto de 2010

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Muito legal essa entrevista com Glauce Hiromi Yonamine, nutricionista das Unidades de Alergia, Imunologia e Gastroenterologia do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP). Especialista em Saúde, Nutrição e Alimentação Infantil pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Mestranda em Ciências pelo Departamento de Pediatria da FMUSP.

Qual a idade em que há diminuição do apetite da criança e porque isto ocorre?


Geralmente, a diminuição do apetite se inicia a partir do final do primeiro ano de vida porque, nesta fase, ocorre desaceleração da velocidade de ganho de peso e crescimento, a qual se mantém durante a fase pré-escolar. Além disso, a criança começa a se interessar mais em descobrir o mundo ao seu redor, já que começa a andar. Por isso, a alimentação deixa de ser sua principal fonte de prazer.

Como diferenciar a falta de apetite fisiológica da patológica?

É preciso uma avaliação médica para excluir causar orgânicas para a recusa alimentar, como infecções, parasitoses, carências de vitaminas e minerais, distúrbios de deglutição, doença do refluxo gastroesofágico, alergia alimentar etc. Existem alguns sinais que podem auxiliar no diagnóstico entre falta de apetite de causa não orgânica da falta de apetite de causa orgânica. Geralmente, a criança com falta de apetite de causa não orgânica apresenta ganho de peso e estatura adequados e podem-se perceber, especialmente, práticas inadequadas dos pais para a alimentação, devido à falta de orientação e ansiedade deles em alimentar a criança, como:

- alimentar a criança à noite, enquanto ela está dormindo ou sonolenta porque ela não se alimentou direito durante o dia;

- alimentar mecanicamente, estabelecendo horários rígidos para a alimentação, sem respeitar a saciedade ou oferecendo os alimentos como se a criança fosse um objeto inanimado;

- tentar alimentar a criança constantemente, geralmente sem sucesso, independente do apetite da criança, na tentativa de fazer com que a criança aceite mais um pouco de alimento ou bebida;

- forçar a alimentação, mesmo após recusa da criança e contra a sua vontade (por exemplo: abrir a boca da criança e colocar o alimento à força);

- distração condicional, isto é, a criança só aceita a refeição se houver distração (com música, televisão, brinquedos, se estiver andando) e não demonstra interesse em se alimentar;

- prolongar a refeição por mais de 30 minutos, apesar do insucesso em alimentar a criança.

Outros fatores que podem indicar a falta de apetite de causa não orgânica são os problemas de dinâmica familiar e comportamentos inadequados da criança, como seletividade (aceitação de apenas um tipo de alimento ou alimentos de determinada cor), ânsia de vômito antes da refeição ou ao colocar o alimento na boca, e recusa ao alimento (virando a cabeça) quando este é oferecido.

Quais os objetivos da nutrição nos casos das crianças que “não querem comer”?


Os objetivos da nutrição são: garantir crescimento e desenvolvimento adequados; encorajar a formação de hábitos alimentares saudáveis, prevenindo doenças crônicas do adulto, a desnutrição e a instalação de um distúrbio alimentar real.

Como os alimentos devem ser oferecidos às crianças?


De maneira geral, os pré-escolares devem receber de 5 a 6 refeições ao dia (café da manhã, almoço, jantar e de 2 a 3 lanches), em intervalos regulares (a cada 2 a 3 horas), mas sem rigidez, isto é, respeitando os sinais de fome e saciedade da criança. Todos os grupos de alimentos devem ser oferecidos e de forma variada. Os alimentos devem ser colocados no prato em pequena quantidade, permitindo repetição por solicitação da criança. Deve-se desencorajar as refeições noturnas, a oferta de guloseimas e de sucos entre as refeições. As crianças devem se sentar à mesa, realizar as refeições junto com a família, sendo estimuladas a se alimentar sozinhas, mas sempre com supervisão. Em caso de uso de mamadeiras, estas devem ser substituídas pelo copo.

Que estratégias podem ser utilizadas para incentivar o consumo alimentar?


A criança deve ser preparada para a refeição, isto é, avisá-la para ir finalizando a brincadeira ou qualquer outra atividade minutos antes da refeição e ir se “aprontando” para a refeição. Pois, se a criança está completamente envolvida com brincadeiras e é interrompida bruscamente, haverá maior resistência para sentar-se à mesa para a refeição.

Os alimentos devem ser arrumados no prato de forma agradável, podendo ser útil utilizar pratos com divisórias, para aquelas crianças que gostam de ver os alimentos separados.

Nessa fase é comum a neofobia, isto é, resistência a experimentar novos alimentos. É importante variar a forma de oferta dos alimentos e expor a criança ao mesmo alimento de 8 a 10 vezes, em ocasiões diferentes, para que ela aprenda a consumi-los. A oferta do alimento novo no início da refeição, quando a criança está com mais fome, pode facilitar a aceitação. Enfatizar a cor, forma, aroma e textura dos alimentos para despertar o interesse da criança.

Os pais devem servir como exemplo, consumindo uma alimentação saudável e variada, pois as crianças se espelham neles.

A participação na compra e preparo dos alimentos, de forma lúdica (dar nomes aos alimentos, fazer desenhos com alimentos, ajudar a picar, adicionar ingredientes as preparações) ajuda a aumentar o interesse em consumi-los.

Se a criança recusar os novos alimentos, os pais não devem demonstrar ansiedade ou nervosismo, pois isso só gera estresse e piora a recusa alimentar. Nestas situações a criança pode estar querendo chamar a atenção dos pais, sendo necessário dar carinho e atenção em outros horários do dia.

Pode ser utilizada a estratégia de compensação para o consumo de sobremesa caso a criança consuma toda a refeição?

Não se deve exigir que a criança coma tudo o que está no prato, mas sim, permitir que ela respeite os sinais de saciedade. Também não é recomendado insistir, fazer chantagem, pressão, punir ou prometer premiações como a sobremesa. Estas estratégias só pioram a aceitação dos alimentos em longo prazo. A sobremesa e os outros doces não devem ser supervalorizados, mas sim oferecidos eventualmente, como mais uma preparação, com limites quanto ao horário e quantidade. Os alimentos não devem ser divididos em “bons” e “ruins” ou “permitidos” e “proibidos”, pois isso só aumenta a vontade de comer aqueles alimentos que são “ruins” ou “proibidos”.

O ambiente da refeição influencia na ingestão?


Sim, o ambiente deve ser calmo e agradável, sem brigas no momento da refeição, para que a criança tenha experiências positivas em relação à alimentação.

Quais orientações podem ser dadas às famílias?

Os pais devem ser orientados quanto às características da alimentação dessa fase e devem ser tranquilizados para não supervalorizar a diminuição do apetite. Os pais devem oferecer alimentos nutritivos e variados, estabelecer rotinas e horários para a alimentação, oferecer as refeições em ambiente agradável e aceitar a variabilidade da alimentação deste período. Devem saber que as crianças têm o direito de participar na escolha dos alimentos (sempre entre opções saudáveis), de ter preferências e aversões e de decidir o quanto querem comer.

É importante orientar sobre o sentimento de culpa, principalmente entre pais que trabalham fora do lar e a incapacidade de impor limites à criança como forma de compensação às crianças.

A mamadeira de leite pode ser oferecida no lugar de uma refeição?

A mamadeira nunca deve ser oferecida em substituição à refeição salgada (almoço e jantar), pois a criança não aprenderá a consumir os alimentos destas refeições e sempre manipulará os pais para receber o leite, que geralmente é o alimento mais preferido, pois a criança já está acostumada com o sabor e não precisa mastigar.

É indicado “esconder” verduras entre outros alimentos de melhor aceitação?

Esconder as verduras em outros alimentos bem aceitos não é aconselhável, já que a criança não aprende a comer adequadamente. A criança precisa ver o alimento e saber o que está comendo, pois só assim, aprenderá a ter uma alimentação saudável e variada.

Existe algum suplemento alimentar que possa aumentar o apetite destas crianças?

Na maioria dos casos, as crianças não precisam de polivitamínicos ou suplementos alimentares, já que estes não irão exercer efeito sobre o apetite e não solucionarão o problema. Geralmente, as crianças consomem os nutrientes em quantidade adequada para o ganho de peso e crescimento, quando se avalia a alimentação por períodos maiores do que apenas durante um dia. Em casos de pais muito ansiosos, os polivitamínicos ou suplementos alimentares podem funcionar como placebo, permitindo maior adesão dos pais às orientações e maior sucesso do tratamento, mas isso deve ser avaliado individualmente.

Nestes casos, a ingestão de líquidos deve ser evitada junto com as refeições?

A ingestão de líquidos durante o almoço e jantar deve ser desencorajada. A criança deve tomar água nos intervalos, para não sentir sede no momento da refeição e no máximo, tomar um copo pequeno de água ou suco natural, após a refeição. Isto porque a criança pode encher o estômago de líquido e deixar de consumir os alimentos da refeição, além haver falta de estímulo para a mastigação, já que os líquidos auxiliam no processo de deglutição.

É importante que seja feita uma avaliação de composição corporal nestas crianças?

Estas crianças devem ter o peso e estatura aferidos em diferentes consultas para avaliar a evolução destes parâmetros. A explicação sobre a curva de crescimento, demonstrando aos pais que a criança está crescendo dentro dos padrões de normalidade ajuda a tranquilizá-los.

Nutrição parenteral enriquecida com óleo de peixe é benéfica no pós-operatório

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Metanálise demonstrou que emulsões enriquecidas com óleo de peixe (OL) foram seguras e efetivas na redução do tempo de internação hospitalar (diferença de –4,65 para –1,31; p<0,001), permanência em unidade de terapia intensiva (UTI, diferença de –3,04 para –0,56; p=0,004), diminuição dos riscos de infecções (p=0,04), aumento dos níveis plasmáticos de ácidos graxos poliinsaturados (PUFA), nas enzimas hepáticas (aspartato aminotransferase, alanina aminotransferase; p<0,001) e no alfa-tocoferol (de 12,65 para 18,22; p<0,001) sanguíneos em pacientes submetidos a cirurgias abdominais. Os autores selecionaram 13 artigos controlados e aleatórios de alta qualidade, publicados entre 1996 e 2008, envolvendo 892 pacientes submetidos a cirurgias abdominais de grande porte que receberam NP padrão (com lipídios convencionais) em comparação com NP enriquecida com OL. Dosagens de OL entre 0,07 e 0,225 g/kg de peso corporal/dia foram bem toleradas e diminuíram significativamente o tempo de internação hospitalar na maioria dos pacientes incluídos neste trabalho. Apenas um estudo, que utilizou 20 g/dia de OL durante o 3º a 5º dias do pós-operatório não encontrou diferenças significativas na internação hospitalar e em UTI entre os dois grupos. “O alfa-tocoferol é um dos antioxidantes mais efetivos. Deste modo, emulsões enriquecidas com OL são suplementadas com diferentes concentrações de alfa-tocoferol. No 6º dia de pós-operatório, o alfa-tocoferol plasmático aumentou significativamente nos pacientes que receberam OL. Portanto, a administração desta emulsão lipídica pode resultar na circulação em quantidade desejável de alfa-tocoferol, contribuindo para o estado antioxidativo adequado destes pacientes no pós-operatório”, explicam os autores. Em relação aos níveis de PUFA nos fosfolipídios plasmáticos foram encontradas diferenças significativas. quanto ao ácido eicosapentaenóico (EPA, diferença foi de 1,82 para 4,39, p>0,001) e ácido docosahexaenóico (DHA, diferença de 0,38 para 2,79, p=0,01), mas não quanto ao ácido araquidônico (AA, diferença de -0,24 para 0,47, p=0,51), entre o grupo que recebeu emulsão lipídica com OL e o grupo que recebeu emulsão lipídica padrão).


“Uma das limitações desta meta-análise foi que nenhum estudo determinou o melhor momento para o início do tratamento com emulsões enriquecidas com OL”, argumentam os pesquisadores.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Campanha para reduzir o consumo de sal

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A Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) está realizando uma campanha para reduzir o consumo de sal no país. O produto consumido em excesso agrava o estado de saúde dos hipertensos e pode causar complicações, como derrames. De acordo com a entidade, a hipertensão atinge cerca de 30% da população.

Segundo o diretor de Promoção Social da SBC, Dikran Armaganijan, uma das medidas defendidas pela entidade é a mudança nos rótulos dos alimentos industrializados, que deveriam substituir o termo cloreto de sódio pelo nome popular: sal.

Uma pesquisa da Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo, promovida com pacientes hipertensos atendidos no Hospital Dante Pazzanese, constatou que 93% deles simplesmente desconhecem a diferença entre sal e cloreto de sódio.

Armaganijan destacou ainda que a quantidade de sódio precisa ser multiplicada por 2,5 para corresponder ao total de sal presente no alimento. Para o médico, essa alteração nos rótulos é importante devido a grande quantidade de sal presente nos alimentos industrializados. “A indústria brasileira mantém uma quantidade excessiva de sal nos alimentos. E nós, brasileiros, não estamos acostumados a ler a composição dos produtos.”

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) estabeleceu novas normas para as propagandas dos produtos com grande quantidade de açúcar, sódio e gordura saturada ou trans (gordura vegetal que passa por um processo de hidrogenação natural ou industrial). As empresas têm seis meses para apresentar alertas nas propagandas sobre os riscos do consumo excessivo.

A Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (Abia) reagiu à determinação da Anvisa e prometeu questionar a resolução judicialmente. Segundo a entidade, o consumo excessivo de alimentos possivelmente prejudiciais “é muito mais reflexo dos hábitos alimentares da população do que da composição dos produtos industrializados”.

Além de pressionar a Anvisa sobre a necessidade das mudanças nos rótulos dos alimentos, a SBC vem promovendo várias ações de conscientização. Um exemplo são os dias temáticos de combate à hipertensão, onde os médicos medem a pressão da população em locais públicos e alertam sobre os perigos da pressão alta. “Eu acho que essas comunicações constantes devem alertar a população a se interessar um pouquinho mais”, disse Armaganijan.


Agência Brasil.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Aproveitando bem os alimentos

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Todos nós sabemos como é importante incluir umas verduras e legumes na nossa alimentação! Ter uma alimentação equilibrada ao longo da nossa vida é essencial e só nós vamos usufrir das vantagens de uma alimentação saudável. Para isso é extremamente necessário comprar produtos com boa qualidade nutricional e sanitária.
Sendo assim, vou propor algumas dicas de como a sua escolha poderá ser feita de modo a usufruir de todas as qualidades do alimento.

* Prefira os legumes inteiros e não cortados e embalados, porque as empresas que os comercializam, durante o corte incluem restos de verduras e verduras já deterioradas;
* As verduras e legumes de folhas verdes são rapidamente deterioráveis, pelo que, ao comprá-las, deve verificar se não têm folhas queimadas ou amareladas, ou pequenos furos, que podem indicar a presença de insectos ou larvas;

* Prefira os produtos biológicos,ou seja, aqueles cuja cultura não é feita mediante o uso de pesticidas e outros químicos.

Já agora aqui vão umas dicas de como aproveitar talos, cascas e folhas:

* Os talos de agrião e espinafre contêm muitas vitaminas, experimente refogá-los ou em sopas;
* As folhas de couve-flor, beterraba, cenoura, nabo e rabanetes são ricas em nutrientes e vitaminas, ficando deliciosas se as refogar servindo como acompanhamento ou utilizar como recheio para tartes;

* Use a casca de batata como aperitivo! Antes de descascar a batata, lave a casca com uma escovinha e depois descasque e frite as cascas;

* Atilize as cascas de ananás ou abacaxi, depois de bem lavadas e fervidas, para fazer um sumo. É só deixar arrefecer, adoçar e bater com gelo;

* As sementes de abóbora são um óptimo aperitivo, depois de lavá-las e secá-las, salgue-as e leve ao forno para tostar.

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Propaganda de alimentos: novo regulamento garante liberdade de escolha e incentiva alimentação saudável

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Demorou mais saiu ontem 29/06/2010...

As propagandas de bebidas com baixo teor nutricional e de alimentos com elevadas quantidades de açúcar, de gordura saturada ou trans e de sódio vão mudar nos próximos 180 dias. Esse é o prazo que as empresas têm para se adequar à RDC 24/2010, publicada nesta terça-feira (29). A resolução estabelece novas regras para a publicidade e a promoção comercial desses alimentos. O objetivo é proteger os consumidores de práticas que possam, por exemplo, omitir informações ou induzir ao consumo excessivo.

“O consumidor é livre para decidir o que comer. No entanto, a verdadeira liberdade de escolha só acontece quando ele tem acesso às informações daquele alimento, conhece os riscos para a sua saúde e não é induzido por meio de práticas abusivas”, afirma a gerente de monitoramento e fiscalização de propaganda da Anvisa, Maria José Delgado.

Com a nova resolução da Agência, ficam proibidos os símbolos, figuras ou desenhos que possam causar interpretação falsa, erro ou confusão quanto à origem, qualidade e composição dos alimentos. Também não será permitido atribuir características superiores às que o produto possui, bem como sugerir que o alimento é nutricionalmente completo ou que seu consumo é garantia de uma boa saúde.

Uma das grandes preocupações da resolução está focada no público infantil, reconhecidamente mais vulnerável. Por isso a nova resolução dá especial importância à divulgação acerca dos perigos vinculados ao consumo excessivo de determinados produtos.
Estudos internacionais demonstram que a vontade das crianças pesa na escolha de até 80% das compras feitas pela família. Em maio de 2010, a Organização Mundial da Saúde (OMS), recomendou que os países adotassem medidas para reduzir o impacto do marketing desses alimentos sobre as crianças. O Brasil foi o primeiro país do mundo a apresentar medidas concretas. A nova resolução também atende a uma recomendação do Mais Saúde, o PAC da Saúde.

Alertas

Ao se divulgar ou promover alguns alimentos será necessário veicular alertas sobre os perigos do consumo excessivo. Para os alimentos com muito açúcar, por exemplo, o alerta é “O (marca comercial) contém muito açúcar e, se consumido em grande quantidade, aumenta o risco de obesidade e de cárie dentária”.

No caso dos alimentos sólidos, esse alerta deverá ser veiculado quando houver mais de 15g de açúcar em 100g de produto. Em relação aos refrigerantes, refrescos, concentrados e chás prontos, o alerta será obrigatório sempre que a bebida apresentar mais de 7,5 g de açúcar a cada 100 ml.

Na TV, o alerta terá de ser pronunciado pelo personagem principal. Já no rádio, a função caberá ao locutor. Quando se tratar de material impresso, o alerta deverá causar o mesmo impacto visual que as demais informações. E na internet, ele deverá ser exibido de forma permanente e visível, junto com a peça publicitária.

Os alertas deverão ser veiculados, ainda, durante a distribuição de amostras grátis, de cupons de descontos e de materiais publicitários de patrocínio, bem como na divulgação de campanhas sociais que mencionem os nomes ou marcas de alimentos com essas características.

Os fabricantes de alimentos, anunciantes, agências de publicidade e veículos de comunicação que não cumprirem as exigências estarão sujeitos às penalidades da lei federal 6437/77: sanções que vão de notificação a interdição e multas entre R$ 2 mil e R$ 1,5 milhão.

Alimentação saudável é direito

Na atualidade, cada vez mais, a alimentação inadequada está relacionada a doenças crônicas como obesidade, hipertensão e doenças cardiovasculares. Pesquisa do Ministério da Saúde divulgada recentemente revelou que o excesso de peso (sobrepeso e obesidade) já atinge mais de 46% da população brasileira. Os números refletem a queda no consumo de alimentos saudáveis e da substituição deles por produtos industrializados e/ou refeições prontas.

O direito à alimentação saudável está previsto em diversos tratados internacionais e desde fevereiro de 2010, por meio da promulgação da PEC 64, está estabelecido na Constituição como um direito social. A divulgação de informações, de forma clara e equilibrada, sobre os alimentos, principal preocupação da RDC 24/2010, é uma das estratégias para que esse direito seja garantido.

Imprensa/Anvisa

terça-feira, 22 de junho de 2010

Frutos oleaginosos contra o Alzheimer

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Uma dieta rica em frutos oleaginosos (como castanhas, nozes e amêndoas), peixe e legumes diminui significativamente as chances de que uma pessoa desenvolva o Mal de Alzheimer, segundo um estudo publicado na revista científica Archives of Neurology.

O pesquisador Yian Gu e seus colegas do Medical Centre da Columbia University, em Nova York, Estados Unidos, analisaram as dietas de 2.148 adultos em idade de se aposentar vivendo em Nova York.

Durante os quatro anos de duração do estudo, 253 dos adultos do grupo desenvolveram o Mal de Alzheimer.

Quando os pesquisadores estudaram em detalhe as dietas de todos os participantes no estudo, perceberam um padrão.

Adultos cujas dietas incluíam mais frutos oleaginosos, peixe, aves, frutas e verduras e menos laticínios gordurosos, carne vermelha e manteiga apresentaram muito menos chances de sofrer de demência.

Influência
Os pesquisadores acreditam que o segredo esteja nos diferentes níveis de nutrientes específicos que essa combinação de alimentos oferece.

Por exemplo, dietas ricas em ácidos graxos (como Ômega 3), vitamina E e folatos (como o ácido fólico), mas pobres em gorduras saturadas, parecem ser as melhores.

Há muito se suspeita de que nutrientes podem influenciar os riscos de demência.

Os folatos reduzem os níveis do aminoácido homocisteína (que foi associado, em estudos anteriores, ao Mal de Alzheimer) na circulação sanguínea.

Da mesma maneira, a vitamina E pode oferecer proteção devido ao seu forte efeito antioxidante.

Por outro lado, ácidos graxos saturados e monoinsaturados podem aumentar os riscos de demência ao encorajar a formação de coágulos no sangue, dizem os pesquisadores.

Comentando o estudo, Rebecca Wood, diretora-executiva do Alzheimer's Research Trust, disse: "Entender a conexão entre dieta e os riscos de demência pode ajudar a prevenir o desenvolvimento de doenças como o Mal de Alzheimer em algumas pessoas".

"Adaptar nosso estilo de vida à medida em que ficamos mais velhos - fazendo exercícios regularmente, prestando atenção à nossa dieta e mantendo uma vida social ativa - pode reduzir os riscos de demência".

"Mas infelizmente", acrescentou Wood, "não há dieta ou estilo de vida que elimine esses riscos por completo".

Na opinião da especialista, com 35 milhões de pessoas sofrendo de demência no mundo hoje, é importante que as pesquisas sejam direcionadas para a criação de novos tratamentos.

Fonte: BBC Brasil

terça-feira, 8 de junho de 2010

Músculos x Gordura

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Vale a pena pensar nisso...

- "Meio quilo de músculos queimam 70 vezes mais calorias que meio quilo de gordura, de modo que , para perder peso , é essencial manter e criar músculos." Diz William J.Evans, diretor do Centro de Pesquisa Fisiológica da Pensilvânia.

- O consumo de apenas 100 calorias extras por dia, por exemplo , faz com que se ganhe meio quilo em aproximadamente um mês.

Dieta Saudável já :)

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Fibras...

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As fibras são grandes aliadas para ter um corpo saudável, contribuem para o volume e sauvidade do bolo alimentar facilitando o seu trajecto pelo cólon.

Há dois tipos de fibras, as insolúveis que não se dissolvem na água nem são desintegradas pelas bactérias intestinais e que se encontram, por exemplo nas laranjas, ervilhas, pão integral, etc. e as solúveis que se dissolvem, regulando o metabolismo, a digestão e estabilizando os níveis de glucose no sangue. Esta última encontra-se sobretudo nos legumes, feijão e lentilhas, etc.

Tanto uma como a outra são muito benéficas para o funcionamento do aparelho digestivo, por isso, não se iniba de comer fibras, mas lembre-se de beber água pois a fibra sem hidratação pode causar efeito contrário ;)

segunda-feira, 10 de maio de 2010

O que é Nutrição?

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Nutrição é um conceito amplo, pode ser entendida como a ciência que estuda os alimentos, os nutrientes que formam esse alimento, a ação desses bem como a interação, estado de saúde, parâmetros bioquímicos dos indivíduos, como também a forma com que o organismo absorve, transporta e utiliza e elimina todos os componentes do alimento.

Para que serve a nutrição? 
A nutrição de modo geral, serve para prevenir doenças e promover saúde e, é claro, para isso é necessário utilizar toda a funcionalidade das propriedades dos alimentos visando saúde e bem estar.

Por que devemos procurar o profissional nutricionista?
Devemos procurar profissionais que são especializados em alimentação, para que mitos sejam quebrados e dúvidas esclarecidas, além de identificar e avaliar hábitos cotidianos que tenham relação com a alimentação que possam interferir na qualidade de vida.

Quais as áreas de atuação de um nutricionista?

- Unidade de Alimentação e Nutrição (UAN): Alimentação Escolar e Alimentação do Trabalhador.
- Nutrição Clínica: hospitais, clínicas em geral, clínicas em hemodiálises, instituições de longa permanência para idosos e spa; ambulatórios; banco de leite humano (BLH); lactários/centrais de terapia nutricional; atendimento domiciliar.
- Saúde Coletiva: políticas e programas institucionais; atenção básica em saúde; vigilância em saúde.
- Docência: ensino, pesquisa e extensão (graduação e pós-graduação) e coordenação de cursos.
- Indústria de Alimentos: desenvolvimento de produtos.
- Nutrição em Esportes: clubes esportivos; academias e similares.
- Marketing de Alimentos e Nutrição.

Nova Pirâmide Alimentar

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Publicada em abril de 2005 e reflete os resultados de pesquisas científicas mais recentes. Esta nova pirâmide facilita a compreensão de um estilo de vida saudável que é uma alimentação correta associada à prática de atividade física.
A escada é para dar ênfase na importância de mudanças graduais no estilo de vida das pessoas.
Esta pirâmide apresenta uma melhor visualização e compreensão sobre os princípios básicos para a alimentação saudável:
  • Proporcionalidade: Largura das faixas dos grupos alimentares
  • Variedade: Cores dos grupos alimentares
  • Moderação: Estreitamento da faixa dos grupos
  • Atividade Física: Figura do boneco subindo a escada
Os grupos alimentares estão representados por faixas coloridas, as cores de alguns grupos alimentares encorajam a escolha de alimentos mais nutritivos

Laranja = grãos e cereais, Verde = vegetais, Vermelho = frutas, Azul = leites e derivados, Lilás = carnes e feijões, Amarelo = óleos e gorduras

Grãos e cereais
  • Fonte importante de energia (carboidratos), fibras, vitaminas e minerais;
  • Fazem parte deste grupo: arroz, aveia, cevada e outros cereais, pães, bolachas, pipoca, macarrão, massas, alimentos fontes de trigo, etc.
  • Porções recomendadas 4 a 10/dia
  • Pelo menos metade das porções devem ser de alimentos integrais
Hortaliças:
  • Fornecem vitaminas, minerais, fibras e carboidratos;
  • Divididos em 5 subgrupos: verde-escuros, alaranjados, leguminosas, amiláceos e outros
  • Recomendações 2 a 8 porções/dia
  • Consumir semanalmente alimentos dos 5 grupos
  • Alimentos deste grupo: alface, agrião, abóbora, abobrinha, beterraba, batata, tomate, cenoura, cebola, chuchu, pepino, etc.
Frutas:
  • Fontes de vitaminas, minerais, fibras, etc.
  • Algumas vitaminhas e mineais deste grupo são antioxidantes e previnem o aparecimento de doenças crônico-degeneretivas, como doenças cardiovasculares e câncer;
  • Quantidade recomendada 2 a 5 porções/dia
  • Alimentos deste grupo: todas as frutas, sucos de frutas, frutas cristalizadas e em calda.
  • Variar nas seleções de frutas, pois elas diferem no conteúdo de nutrientes.
Leites e derivados:
  • Fonte de proteínas, minerais (principalmente cálcio e fósforo), vitaminas, carboidratos e gorduras;
  • Alimentos deste grupo são leites, queijos, iogurtes, etc.
  • Selecionar as opções mais pobres ou isentas de gorduras;
  • Recomendação 2 a 3 porções/dia.
Carnes:
  • Fonte de proteínas, minerais (ferro, magnésio e zinco), vitaminas e gorduras.
  • Pertencem a este grupo: carnes de vaca, aves, porco, carneiro, peixes e frutos do mar, ovos, feijões,leguminosas, etc
  • Preferir carnes e peixes magros e aves sem pele.
  • Em média são recomendadas 1,5 a 3,5 porções /dia
Óleos e Gorduras:
  • As gorduras e os óleos fazem parte da dieta saudável, porém, o tipo e a quantidade total da gordura ingerida fazem a diferença para a saúde do coração.
  • Gorduras alimentares devem vir de fontes de A.G. poliinsaturados e monoinsaturados.
  • Fontes: óleos vegetais líquidos (soja, canola, milho, linhaça, azeite de oliva, etc).
  • Evitar gorduras saturadas, trans e colesterol (gorduras da carne, manteiga, banha, creme de leite, gorduras hidrogenadas, etc)